segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Colóquio de Futsal

Já está na forja o Colóquio de Futsal que terá lugar no próximo ano.

Novidades durante os próximos meses...

Fiquem atentos!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Captações Escolas e Infantis


Segunda-feira, 17 de Agosto

e

Quarta-feira, 19 de Agosto

19:00h

Campo do Grupo Desportivo do Ramalhal
(Novo Relvado Sintético)

Leva:

-BI
-Equipamento
-Botas de Futebol
-Caneleiras

Nascidos em:

Escolas - 1999/2000/2001
Infantis - 1997/1998

Não Faltes!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Captações Iniciados

Grupo Desportivo Ramalhal

Agosto

Terças e Quintas-feiras

19:30h

Campo do Grupo Desportivo do Ramalhal
(Novo Relvado Sintético)

Leva:

-BI
-Equipamento
-Botas de Futebol
-Caneleiras

Nascidos em 1995 e 1996.

Não Faltes!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O Adepto

O Adepto, em Portugal e no estrangeiro, de futebol ou de qualquer outra modalidade desportiva, tem individualmente várias particularidades, mas é certamente maior o número de coisas em comum. Lá por fora haverá sem margem para dúvidas lugares onde os adeptos serão bem "piores" que o Adepto Português, mas é necessário saber em que tipo de sociedade estarão inseridos. Acredito contudo que existirão efectivamente muitos mais lugares onde os adeptos serão "menos maus" que nós. Quando utilizo as expressões "piores" e "menos maus", refiro-me obviamente à forma como se comportam a nível social.
O adepto é um ser humano, logo tenha ele que idade tiver, seja ele ou ela, nasceu e vive, como tal estará inevitavelmente inserido na sociedade. E é precisamente a partir daí que, na minha modesta opinião, se pode iniciar qualquer análise ou estudo face a este tema. Ou seja, "de pequenino se torçe o pepino", esta expressão popular, que desde que me conheço a recordo, mais não diz que o adepto que existe dentro da maioria de cada um de nós, foi educado (ou não) desde a infância. É portanto justo dizer que para um grande número de adeptos, foi a cultura e educação que receberam (novamente, ou não) que os encaminhou para uma forma, mais, ou menos, correcta de se comportarem num determinado local (público ou não), durante a realização de determinada actividade, desportiva no caso, independentemente da sua côr clubística. Daí eu comumente refirir que em Portugal o gosto pelo desporto, por determinada modalidade (mais aplicado ao futebol é um facto) é substituido pela "clubíte".
Existe uma enorme falta de pedagogia pela forma como os pais educam os seus filhos, pelo menos em relação a este fenómeno. Tal como existe uma grande falta de formação cívica neste nosso belo país (mas isso é conversa para outra ocasião). Todo e qualquer adepto deveria querer que os desportistas do seu clube jogassem bem e demonstrassem Fair Play, embora pudessem nem sempre ganhar, contudo o que se verifica é precisamente o contrário, para a maioria o que importa é a vitória, quer se jogue bem ou mal. Ganhar a todo o custo.
Há que dizê-lo, o comum adepto tem um quase total desconhecimento das leis pelas quais se regem o seu desporto, nomeadamente no futebol. Neste caso, é manifestamente maior ainda o desconhecimento! Nem sequer os treinadores possuem um bom conhecimento das leis (e das sugestões efectuadas pelo orgão que tutela a modalidade a nível mundial). Como poderão transmiti-las aos seus jogadores, pergunto eu? Simplesmente não podem. Podem sim encaminhá-los para um caminho não correcto, que é o da falta e do anti-Fair Play. Se os treinadores aprendessem as leis na sua totalidade, ficavam surpreendidos com pequenos pormenores que de certa forma os poderia ajudar na tarefa de preparação da sua equipa e que estão neste momento a "perder". É portanto incompreensível exigir-se a um ser humano (ou a três) que sejam sobre humanos e decidam bem e rápido. É impossível! Falamos de pessoas que ainda nem sequer profissionais são (em Portugal pelo menos), embora possam ser actualmente já relativamente bem remuneradas. Mas depois não se quer deixar a modalidade evoluír através de novas tecnologias...
Por inerência de determinadas funções, efectuei durante a época transacta (2008/2009) várias dezenas de observações de jogos de futebol e futsal no distrito de Lisboa, em vários escalões de formação (e algumas dezenas de séniores) e comprovei sem margem para dúvidas aquilo que aqui vos transmito.
Lembro-me perfeitamente de um jogo de Juniores para a Segunda Divisão Nacional, entre equipas "rivais", um dérbi como é hábito ser designado, já perto do fim da fase regular do campeonato e que poderia permitir o acesso à subida a qualquer uma das formações. Pois bem, foi uma batalha campal, fora do terreno de jogo, mas com determinados atletas a quererem saír do campo para se envolverem também no acontecimento, uma vez que alguns dos seus familiares estavam envolvidos na barafunda. Os adeptos duma forma geral, em vez de procurarem descomprimir da semana de trabalho de uma forma correcta cívica, educada, partem para a ofensa gratuita, para o confronto físico (cobarde na maioria dos casos). E sem conhecimento da maioria das leis de jogo (tal como atrás referi no caso dos treinadores) mais rídiculo se torna.
Outro exemplo de que me recordo com clareza, foi um outro encontro, de futsal no caso, no escalão de Escolas, onde o adepto de uma das equipas (da visitante) entrou pura e simplesmente dentro da quadra (para tal foi obrigado a saltar uma vedação de ferro) e encostou a mão na cara do árbitro, que com muito sangue frio, não reagiu e solicitou que o mesmo abandonasse a zona de jogo para que pudesse dar continuidade ao mesmo. Que belo exemplo aquelas crianças tiveram naquela tarde!
Quanto ao jogo diga-se, nada a apontar para que o adepto tivesse aquele tipo de atitude deplorável...
Obviamente que as instâncias, as instituições oficiais, são, se não os maiores, dos grandes culpados por esta forma claramente errada de ver o desporto. Basta pensar-se na forma errada (e tardia) como a Federação Portuguesa de Futebol resolveu, o que muitos gostam de designar, novo caso do futebol Português, o recente e já famoso jogo na Academia Sporting, em Alcochete, entre os Juniores do Sporting C.P. e do S.L. Benfica.
A juntar a isto temos jornalistas mal informados sobre as leis de jogo das respectivas modalidades desportivas (embora pensem ter o dom da palavra), temos programas televisivos de análise ao fim-de-semana desportivo quase per capita, temos inúmeras personalidades da praça pública que se julgam treinadores e dizem barbaridades em público, influenciando os muitos que os seguem. Aliás, treinadores, em Portugal, há muitos, basta ir em qualquer fim-de-semana para um qualquer campo de futebol ou recinto desportivo e vê-los nas bancadas.

Embora não seja árbitro, deixo aqui o meu cartão vermelho (não encarnado!) a todos o que negativamente contribuem para este fenómeno...

Vivam os Jovens e o Desporto!